quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Resenha: Me Chame pelo Seu Nome

E aí pessoal? 
           
                                  Tudo bem com vocês?

Comigo tudo ótimo!


Quem acompanha os lançamentos cinematográficos com frequência sabe que no começo de todo ano a imprensa começa gerar um frisson  em cima dos favoritos a vencer o Oscar.

Desde o final do ano passado venho percebido um grande reboliço na internet em torno do "Me Chame pelo Seu Nome", principalmente por ter percorrido muitos festivais e ter sido bem recepcionado pelos críticos especializados. Ele chegou no Brasil só 18 de Janeiro e logo corri para assisti-lo. 


Enredo




Oliver (Armie Hammer) é um estudante de pós-graduação escolhido para passar as férias ajudando o pai de Elio (Timothée Chalamet) numa pesquisa relacionada a esculturas masculinas da cultura greco-romana. Já é tradição para eles hospedarem um pós-graduando naquele charmoso e bucólico cenário italiano.







O começo da interação entre Oliver e Elio é lenta e focada na exploração de suas habilidades. Os dois personagens são extremamente inteligentes, como ali é um ambiente regado de informações acadêmicas, pode-se perceber até um tom arrogância em seus primeiros diálogos.






Oliver com 24 anos possui uma bagagem intelectual grande e é forte na emissão de suas opiniões. Ele é muito bonito, seguro de si e esbanja um charme natural por onde passa. Nitidamente ele é o cara que sabe aproveitar o momento que vive. 







Elio com 17,  tem um talento grandioso para compor e escrever suas músicas, além de ser um excelente instrumentista. Também é bonito, mas age de maneira mais desleixada sem medo de se entregar as sensações. Ele  é encarregado de apresentar a pacata localidade ao Oliver, provavelmente como isso é feito todos os anos, acaba se tornando mais um tédio para ele.

Aos poucos, Elio nota os gestos, posturas e a forma segura como Oliver se porta,  Como eles ficam juntos boa parte do tempo e inclusive, dividem o quarto, um vínculo começa a nascer ali.

O diretor Luca Guadagnino trata de desenvolver essa relação de maneira cuidadosa e complexa. Pois o Elio vive um momento de explorar a sua sexualidade, ao mesmo tempo que ele se envolve com uma garota, nasce um tesão pelo Oliver. 

A Poesia

Como você viu, não se trata de uma trama inovadora pois eu acredito que você já deve ter visto esse conceito em algum lugar. O que torna esse filme tão poético é forma como ele é contado. Sem pressa, apresentando elementos que serão utilizados futuramente. Compõe a ambientação do lugar e da época (anos 80) de maneira sutil, nos fazendo viver aquele momento.

Uma câmera parada, preguiçosa, que em muitas vezes continua na cena após os personagens saírem, enfatizando a sensação de férias, descanso e calmaria.

A trilha sonora acompanha a confusão de  sentimentos do Elio, expondo um piano estridente e entrando em contrapartida com o local calmo. Em alguns momentos você se depara com disco dos anos 80 em festas e reuniões. Em outro, com uma trilha Indie que ajuda a narrar o teor especial das cenas.

O roteiro segue carga dramática do livro. Em determinados momentos os diálogos se tornam o grande foco da cena trazendo toda  o impacto necessário para o momento.

A fotografia de Sayumbhu Mukdeeprom é ponto que achei mais forte do filme. A composição das imagens enchem os olhos com tamanha elegância. Os atores são enquadrados de maneira a explicar suas emoções e trazer sequências lindíssimas. 





O romance não seria o mesmo sem as interpretações fantásticas de todos. É uma mistura de linguagem corporal com diálogos fortes, trocas de olhares, gestos e até mesmo o silêncio é utilizado de maneira eficiente.

Os atores que fazem os pais de Elio (Michael Stubarg e Amira Casar) trazem fortes interpretações pautadas na sutileza. Eles sabem da situação que o filho vive e o apoiam o tempo todo. Chegando até a sofrerem junto com ele por entender suas dificuldades e anseios. Ao mesmo tempo sempre discretos e nada invasivos. Tudo isso é contribuição do ambiente de pesquisa liberal e moderno para o seu tempo. Pois, nos anos 80 ocorreram muitas lutas relacionadas a diversas causas e também foi uma época de celebração da liberdade sexual.




Não podemos deixar de falar que os principais dão um show de atuação. Armie Hammer Timothée Chalamet estão seguros em suas posições trazendo consigo muita verdade para a história. Se não fosse essa química incrível, não veríamos tanto realismo na construção dessa passagem. 






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Espero que você  gostem,

Até a próxima pessoal.

12 comentários:

  1. Cada comentário que vejo sobre eu só fico com mais vontade ainda de assistir esse filme! Já tinha reparado na fotografia linda por causa das fotos que saíram do filme, mas imagino que seja mais lindo ainda quando a gente vê tudo na tela juntando a poesia e a química dos protagonistas. Adorei o post!
    Um beijão,
    Gabs | likegabs.blogspot.com ❥

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    1. Que comentário mais delicioso! Tenho certeza que você vai se emocionar bastante. Aliás, adorei conhecer o seu espaço. Continue acompanhando o blog para ficar por dentro de nossas novidades.

      Obrigado pela visita,

      Beijão

      Beto

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  2. Lá no blog todo mundo assistiu a esse filme, mesmo eu, a ET heheheheh quero conferir, parece tudo bem sensível e bonito <3

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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    1. Assista sim Mi! Tenho certeza que irá gostar. :)
      Bjos

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  3. Olá,
    Estou vendo muitos comentários positivos sobre esse filme em vários blogs. Infelizmente eu não assisto muitos filmes e esse em especial não chamou muito a minha atenção. Por isso não pretendo assistir.

    Prefácio

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    1. Ah que pena Sil, continue acompanhando o blog com certeza irá se deparar com algum filme que goste :)

      Obrigado pela visita

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  4. Ameeei a resenha :D

    https://submersa-em-palavras.blogspot.com.br/

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  5. Adorei sua resenha sobre o longa. Pretendo ver a todos os filmes que estão concorrendo nessa categoria esse ano.
    Boa semana!

    O blog está em 'Hiatus de verão'. Voltamos no próximo dia 13 de fevereiro!

    Jovem Jornalista
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    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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    1. Que bom que você gostou Emerson. Estou ansioso para ver as suas novidades!

      Obrigado pela visita !

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  6. Oi Beto, tudo bem?
    Gostaria de dizer que li a sua resenha aqui no blog e assisti ao seu vídeo, e gostei muito de ambos. Há algum tempo atrás eu tinha lido a sinopse do livro e achei bem interessante a proposta, mas não cheguei a efetivamente ler ou procurar saber mais sobre ele. Contudo, depois de ver a sua opinião sobre o filme e as suas interpretações sobre a mensagem que ele pretende passar, fiquei mais interessada ainda na história. Irei procurar conhecer mais a história, com certeza!!

    Beijos!!
    Abobrinha com Chocolate

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    1. Olá Nahh

      Fico muito contente que tenha gostado da resenha e do vídeo, procure sim. O filme tem um teor artístico tão forte que precisei assistir várias vezes para captar sua mensagem.
      Obrigado pela visita aqui no blog e no canal também, isso me estimula a continuar cada vez mais.

      Beijos!! :)

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