Droga,
precisava me controlar senão, botava tudo a perder.
-
Não adianta disfarçar, eu sabia desde quando você começou a
trabalhar aqui. - ele sorria sarcasticamente.
-
Mas que Porra! O fato de você ser meu chefe não te dá o direito de
me tratar assim. - tentei encenar.
-
Você não acha que isso torna tudo mais interessante? Hein? - Ele se
aproximou novamente, me testava de todas maneiras e eu, tentava
resistir. Mas minha respiração não deixava. Ele sabia que eu
estava nervoso.
Virei
em direção à porta, aquela conversa não teria futuro mesmo. Ele
me puxou pelo braço com força.
- Hei,
espera!
Soltei
com um tranco.
-
Dá para tirar as mãos de mim?!
-
Qual é o problema? Você não era assim com o “Gato Selvagem”...
Puta
que Pariu. Ele realmente sabia de tudo, mas como?
-
Você tá louco?! - comecei a gritar – Olha eu vou esquecer que
você é meu chefe e...
- E
o quê? - ele ficou em minha frente, bloqueando minha passagem –
Vai foder comigo também? Eu adoraria...
-
Chega! Isso já foi longe demais!
-
Saiba que eu posso foder muito mais com a sua vida. Sabe por quê? O
nosso Gatinho Selvagem é um excelente fotógrafo. E acho que sua
mulher e todos o funcionários da empresa iriam apreciar muito o
trabalho de vocês.
Sim,
Eu saia com o Gato Selvagem, bem antes de namorar a Adriana. Você
já deve ter imaginado como começou. Mas eu coloquei um
fim nisso bem antes de conhecê-la. Era casual. Sem compromisso. Não
sabia que ele tirava fotos com quem ele saía e, muito menos que era tão íntimo do meu chefe.
-
Prova – blefei.
-
Com o maior prazer – ele foi até o computador e abriu as fotos.
Fiquei sem reação. Igor era o seu nome. Moreno, estatura média,
tinha o corpo malhado era pelo menos uns 5 anos mais novo que eu. E
tinha mais um detalhe, era irmão do meu melhor amigo.
Abaixei
a cabeça, meus argumentos se esgotaram.
Ele
se aproximou de mim já me beijando. De certa forma ele sabia que
estava lutando para resistir aquilo.
-
Bom garoto – ele falava com uma intensa respiração. Já sentia
suas mãos passando por baixo da minha roupa social. Ele sabia o que
queria. Foi abrindo minha camisa, com pressa e ia beijando cada
centímetro do meu tórax. E eu continuava imóvel.
-
Faz essa droga direito! Ou vai querer que posto tudo isso na
internet? - ele apertou ainda mais nossos corpos.
Quer
saber? Foda-se. Eu quero sentir essa sensação, é só sexo. É só
mais uma aventura, uma forma de sair daquele tédio. Daquela vida
monótona. Descarreguei toda a minha tensão nele.
Dessa
vez, também fui com vontade. Queria vê-lo, explorar o seu corpo.
Assim, continuamos com cada vez mais apetite. Eu o beijava, chupava e
o fazia se contorcer de prazer, ele fazia o mesmo. Era isso que eu
buscava, aquela sensação de entrega. Ele tinha atitude, estava
disposto a me satisfazer então foi nisso que eu me agarrei.
Quando
me vi, estávamos nu, em cima da mesa. Era arriscado, diferente,
tinha adrenalina. No escritório, nosso ambiente de trabalho.
Ele
me tomou por trás, foi descendo a mão. Colocou a camisinha. Já
podia senti-lo em mim. Não continha os gemidos e isso o fazia ir
mais rápido. Confesso que havia tempo que não fazia aquilo.
Realmente nunca esqueceria daquela noite. Chegamos em nosso clímax e
ali explodimos de prazer. Não falamos nada, nos vestimos,
recuperamos as forças e tomamos nosso rumo.
Cheguei
em casa. Não nos despedimos, cada um foi para o seu canto. Ele
deveria ter uma família, usava aliança.
Abri a porta e subi para o quarto, precisava tomar um banho. As imagens daquele ato ainda passavam nítidas em minha mente. Já era 9 horas, não vi Adriana lá, nem na sala. Estranho. Fui na cozinha e nada. Na sala de jantar foi onde a encontrei e tive um choque. Ela, dormindo sobre a mesa preparada com um jantar à luz de velas. Meu Deus!
Abri a porta e subi para o quarto, precisava tomar um banho. As imagens daquele ato ainda passavam nítidas em minha mente. Já era 9 horas, não vi Adriana lá, nem na sala. Estranho. Fui na cozinha e nada. Na sala de jantar foi onde a encontrei e tive um choque. Ela, dormindo sobre a mesa preparada com um jantar à luz de velas. Meu Deus!
Havia
me esquecido. A surpresa.
Foi
aí que percebi. Isso foi um erro, essa grande noite poderia ter sido
com ela. Poderia ter sido diferente. Eu deveria ter dito não. Mas
deixei o desejo me tomar, fui fraco. Eu nunca seria tratado assim por
ele, era apenas sexo. Tínhamos uma vida, uma relação. Merda, isso
tem que parar.
Peguei-a no colo e levei-a para o quarto. Ela estava exausta, ainda bem que não me viu entrar. Ganharia mais tempo para inventar uma mentira. Dormi na sala, com certeza não conseguiria encará-la, mesmo dormindo.
Peguei-a no colo e levei-a para o quarto. Ela estava exausta, ainda bem que não me viu entrar. Ganharia mais tempo para inventar uma mentira. Dormi na sala, com certeza não conseguiria encará-la, mesmo dormindo.
Acordei,
a mesa já estava desfeita. Era 9 da manhã. Ela estava na sala
assistindo TV. Beijei-a.
-
Desculpe, eu estraguei a surpresa – ela me falou sem graça.
- A
culpa foi minha que vivo ocupado.
-
Somos nós, que vivemos ocupados para nós mesmos – ela subiu em
meu colo e me beijou com vontade – Da próxima vez vai dar certo.
Tomara
que dê mesmo, pensei. Ela levantou e foi fazer café.
Passamos
o final de semana frio, ninguém quis forçar a barra. Minha
consciência me fazia lembrar do acontecido a todo momento.
Realmente, eu não a merecia.
Segunda-feira,
no trabalho eu ainda estava tenso. Ainda não sabia se tinha mais
pessoas envolvidas naquilo, era como se fosse uma bomba prestes a
explodir.
Entrei
rapidamente em minha sala, rezava para não esbarrar com aquele cara.
Mas logo apareceu várias tarefas para fazer e fui me distraindo.
Horas depois, decidi ir na cozinha tomar café, estava vazia. Sentei
à mesa, me concentrei no copo. Fiquei bons minutos ali, até tomar
conta que minha culpa não se afogaria em um copinho de café.
Deixei
meu copo na pia, nesse instante senti uma mão em minha bunda. Virei
e num reflexo empurrei com força.
-
Que isso mano? Calma, é só zuera – era o Fernando. Menos mal.
-
Por que essa tensão toda? - ele tocou meu ombro.
-
Você não vai querer saber – respondi instintivamente.
-
Claro que vou, sou seu amigo – olhou me fixamente.
-
Com certeza, você não vai querer ser mais meu amigo.
-
Vixe, já vi que a coisa é séria.
-
Você nem imagina.
-
Vou passar na sua casa hoje à noite, pode ser?
-
Melhor não. O cli...
-
Beleza, depois do expediente – ele me interrompeu, como sempre.
Não
respondi. Nesse momento, Otávio entrou na sala já me encarando.
Olhei para o Fernando mas ele não entendeu o que estava acontecendo.
- E
aí? Vocês estão sentindo dor? - ele me não tirou os olhos de mim
– de cabeça?
-
Não, por que? - respondi alto e encarando também.
-
Não, porque vocês vivem tomando café. Imaginei que estivessem de
ressaca. O final de semana deve ter sido ótimo, não?
Quando
pensei em responder, Fernando me puxou para fora da cozinha, ele
sabia que estava ficando nervoso.
-
Hei, ele é seu chefe! - cochichou.
-
Foda-se.
Fui
para minha sala.
Quase
no fim do dia, estava preparando minhas coisas para ir embora. Andei
em direção à saída e me deparei com Otávio novamente.
-
Mas que droga! Vai me perseguir até quando?
-
Eu pensei que você iria querer fazer mais hora extra hoje.
-
Sai da minha frente – ele bloqueava meu caminho.
-
Eu deixo você me comer hoje – sorriu com deboche.
-
Escuta bem – eu o agarro pelo o colarinho – Isso termina por
aqui.
-
Nossa você sabe ser dominador hein – ele queria me provocar.
-
Isso foi um erro e já basta – falei, com raiva.
-
Nossa você tem consciência? Legal, não usou ela quando eu estava
te fodendo – ele me empurrou tão forte que eu bati com as costas
na parede.
-
Talvez eu deva refrescar a sua memória.
-
Foda-se! - já gritava – Quer postar, posta. Seu verme, seu merda!
- quando eu fui partir para cima dele, Fernando chegou.
-
Tudo bem aqui pessoal?
-
Eu estou ótimo – Otávio disse e saiu andando rapidamente.
-
Vamos parar num barzinho e conversar – Fernando me chamou – e sem
desculpas.
Fui
com ele. Era 6 e 40 da noite.
- E
aí? Vai me contar?
-
Por favor Fernando, agora não.
A
garçonete trouxe o cardápio.
-
Vão pedir algo?
-
Só cerveja por favor – ele a respondeu.
Assim
que ela saiu, retomou.
-
Não vou forçar a barra, mas tu sabe que pode contar comigo não é?
-
Eu sei.
Ficamos
um tempo ali, em silêncio. Apenas tomando umas. Eu não tinha saco
para desabafar e também não queria chegar em casa tarde.
-
Mesmo assim, valeu pela a companhia.
Ele
sorriu com simpatia.
-
Só me responde uma coisa.
- O
quê?
- O
Otávio está metido nisso, não é?
Eu
fiz que sim com a cabeça. Ele olhou para mim em desaprovação.
Fomos
embora, ele insistiu em me acompanhar até a minha casa. Realmente,
Fernando era um bom amigo. Como eu pude colocar tudo a perder?
Cheguei na porta de casa e tinha um carro parado lá. Já era 8 horas.
Cheguei na porta de casa e tinha um carro parado lá. Já era 8 horas.
Fernando
desceu do carro dele e eu desci do meu.
-
Parece o carro do Otávio.
Parecia
mesmo. Droga, não acredito que aquele desgraçado estava ali. Entrei
desesperado e confirmei o que vi. Estava ele e minha mulher sentados
na sala.
- Oi amor, que bom você chegou. Precisamos conversar.
Filho de uma mãe. POSTA LOGO!
ResponderExcluirkkkkkk Calma, fica aí na vontade...
ExcluirQue cara fdp! Brincando dessa forma com a vida dos outros...
ResponderExcluirkkkkkkkkk
Excluir